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sábado, 31 de outubro de 2009

PARA ONDE VAMOS E O QUE FAZEMOS POR AQUI




A Terra é uma nave que percorre um caminho subtil em direcção ao fim dos tempos. Um caminho demorado visto só poder chegar a bom porto quando estiverem concluídas algumas premissas.

A primeira delas é a Terra conseguir chegar inteira. Antes que a própria Humanidade destrua a Humanidade. A segunda, é que os homens consigam chegar a um nível de evolução em que consigam abandonar a Terra. Consigam tipos de consciência cada vez mais subtis, que façam com que o corpo perca densidade e já não obedeça às leis da gravidade e da física.

O corpo dos homens dentro de alguns milhares de anos poderá começar a ficar transparente, mais consciência e menos corpo, e o Homem gradualmente não precisará mais respirar, nem de uma Terra para viver. Chegaremos nessa altura ao segundo estágio da criação, que significa que a experiência da matéria foi superada.

Vamos para um sítio onde o homem ganha uma consciência superior e se responsabiliza por não maltratar mais os seus irmãos nem esta imensa bola em que vive, que é sua casa. É necessário conectar as pessoas com o céu, de todas as formas possíveis, de modo a que elas possam reidentificar quem são e comecem a compreender que TODAS, sem excepção, fazem parte deste projecto evolutivo chamado Humanidade.

É uma questão de consciência. O ser humano veio à Terra promover o seu processo evolutivo a nível material. Mas como não deixa de ser um espírito, não deverá deixar de se conectar com o que é. A parte material é a novidade. A parte espiritual é o nosso lado mais antigo, mais genuíno.

O que vimos fazer à Terra é sermos nós próprios, que já éramos em espírito, mas numa nova dimensão. A material. Assim, essa conexão matéria/espírito, o que sou aqui em baixo, conectado com o que sou lá em cima, é o nosso objectivo.

(Este Jesus Cristo que Vos Fala, Livro1/A Entrega
Alexandra Solnado)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

INICIADOS



O que tem de gente acendendo vela para o santo e ao mesmo tempo fulminando os adversários com pensamentos daninhos é uma enormidade.
A ignorância das realidades da vida espiritual torna as pessoas ridículas em suas práticas espirituais.
Muitos querem desenvolver fenómenos incríveis, mas são medrosos e têm medo do que supostamente gostariam de ver. Querem ver o Além, mas têm medo de olhar para si próprios e verificar a quantidade de coisas ruins que moureja em seu íntimo.
Quando alguém lhes fala de valores elevados, irritam-se facilmente. Preferem a superficialidade tão comum aos que viajam nas vias espirituais cheios de leviandade.
O que os move no caminho espiritual são seus desejos egoístas e a ânsia por poderes psíquicos. Não querem crescer, querem poderes.
Não almejam o amor e nem a claridade de quem galga os degraus de luz com atitudes dignas no seio do mundo comum.
Querem ser iniciados nos arcanos espirituais, mas seus pensamentos são vulgares e suas emoções são mais mundanas do que os que nada sabem desses assuntos. São mais profanos do que os profanos comuns, pois têm o acesso ao conhecimento que liberta, mas portam-se equivocadamente em relação aos objectivos de suas buscas espirituais. São profanos de luxo!
Procuram constantemente técnicas especiais para o desenvolvimento dos poderes psíquicos, mas não portam a paciência necessária para a colheita dos resultados.
Não têm disciplina para perseverar e estão sempre em busca de alguma fórmula espiritual milagrosa que lhes abra as percepções, ou de algum exercício infalível.
Raramente ponderam sobre as responsabilidades inerentes a esses estudos e práticas.
Quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade.
Carregam duas bolsas em suas actividades (humanas e astrais): uma na mente e a outra no coração.
A bolsa mental está repleta de condicionamentos e arrogância.
A bolsa do coração está lotada de mágoas e egoísmo.
Muitas vezes, os espíritos infelizes os assediam cutucando justamente essas bolsas. Costumam agarrar-se a elas e acompanham essas pessoas, aonde elas vão.
Não precisa abrir a clarividência para ver esses espíritos e nem sair do corpo para encontrá-los. Basta olhar dentro das bolsas!
O encontro consigo mesmo é amargo e doce. Todo iniciado nos arcanos espirituais sabe disso na prática, pois já chorou muito pisando os vários espinhos psíquicos espalhados pelas pistas de sua própria alma. Trilhou becos obscuros e trilhas perigosas em si mesmo, onde sua única lanterna era seu discernimento e seu amor pela luz.
Munido de grande respeito pelos objectivos colimados e sempre caminhando com modéstia e responsabilidade, encontrou a GRANDE LUZ em si mesmo. Permitiu-se ser possuído por um amor transbordante. O véu de Ísis foi erguido no templo de sua alma e o manto da ilusão dissolveu-se.
No profundo amargo de suas provas, ele percebeu a doce presença do INEFÁVEL guiando seus passos.
Em silêncio, ele curvou a cabeça e prometeu servir aos ditames da LUZ e lutar tenazmente contra a ignorância.
Prometeu servir a humanidade da forma que lhe for possível e ser canal da ESPIRITUALIDADE a favor do progresso de todos os seres.
Seu grau iniciático está presente em suas atitudes diárias: é incapaz de fazer o mal a alguém.
Seu trabalho é preciso: sabe por onde anda e como executar sua tarefa no mundo.
Seu mestre é o AMOR.
Sua ordem é a do BEM.
Seu arcano é simples: trabalhar na LUZ.
Os buscadores levianos querem os poderes, não o trabalho. O iniciado quer o trabalho, não o ego.
Na óbvia diferença entre os objectivos dos dois fica evidenciada a qualidade da viagem espiritual de cada um.
No cadinho da experiência, a vida fará ocorrer a grande alquimia: transformará, pelas vias das experiências diárias e comuns, os corações de ferro em corações dourados de ouro espiritual, peneirado nas areias iniciáticas da própria alma.
Para os levianos de plantão, um recado: a ânsia pelos poderes para-psíquicos talvez revele reminiscências inconscientes de antigas experiências com magia das trevas em vidas passadas. Nesse caso, a natureza bloqueou, na vida actual, alguns desses potenciais, como forma de proteger esses incautos que geraram péssimas causas no passado.
Só há uma forma de lidar com isso e desbloquear esses potenciais: usá-los com a nítida finalidade de amadurecimento e como expressão da alma que labuta pela melhoria de todos os seres. Fazer o BEM sem olhar a quem, e munir-se de muita paciência na jornada da vida. Transformar o que é das trevas, de ontem, no radiante de hoje.
E, acima de tudo, esvaziar as bolsas da mente e do coração e colocar, no seu lugar, o discernimento e a fraternidade em acção.
Ninguém é perfeito e a trilha ascensional é íngreme. Mas, o esforço vale a pena!
O prémio não é nenhum poder ou mestrado espiritual. É apenas um estado de alegria íntima independente de circunstâncias exteriores.
É aquele brilho nos olhos de quem trabalha dignamente.
É aquela LUZ no coração que nada pode apagar.
É um agradecimento contínuo ao INEFÁVEL que lhe permitiu ascender, mesmo em meio a tantas encrencas diárias.
É aquela sensação de imortalidade enchendo sua consciência de confiança e esperança no melhor para todos.
Aos iniciados de plantão, um recado: quanto mais profundo o grau iniciático, mais forte será a sensação de que se é um eterno neófito da vida e do Divino

PAZ E LUZ.

(Texto escrito por Sandra Pedrosa-Recebido por e.mail)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CRIANÇA INTERIOR


"Não te deixes enganar por mim,
Não te deixes enganar pela cara que eu ponho,
Porque eu uso uma máscara, mil máscaras, máscaras que tenho medo de tirar,
E nenhuma delas sou eu.
O fingimento é uma arte que está enraizada em mim,
Mas não te deixes enganar.
Por amor de Deus não te deixes enganar."

"Posso dar a impressão que sou seguro,
Que está tudo tranquilo e sereno dentro e fora de mim,
Que a confiança é o meu nome e a frieza o meu jogo,
Que está tudo sob controle dentro de mim, está tudo calmo.
E não preciso de ninguém."

"Mas não acreditem em mim.
À primeira vista a minha cara pode parecer suave,
Mas a aparência é a minha mascara,
Inconstante e enganadora está sempre a esconder-se.
Debaixo da aparência não há satisfação.
Debaixo da aparência existe a confusão, medo e solidão
Mas eu escondo isto. Não quero que ninguém o saiba."

"Entro em pânico com a ideia dos meus medos e fraquezas serem expostos.
È por isso que criei inquietantemente uma mascara para me esconder,
Uma fachada sofisticadamente despreocupada,
Para me ajudar a fingir,
Para me proteger daquele olhar de relance de quem verdadeiramente me vê.
Mas é esse olhar precisamente a minha salvação."

"È a minha única esperança, eu sei isso.
Isto é, se for seguido pela a aceitação,
se for seguido pelo amor.
È a única coisa que me pode libertar de mim mesmo,
Das paredes da prisão que eu próprio construi,
Das barreiras que tão minuciosamente ergui,
È a única coisa que me assegurará,
Daquilo que não posso assegurar a mim próprio;
- “Que realmente eu tenho valor...”
Mas eu não te digo isto. Não me atrevo . Tenho medo.
Tenho medo que o desvendar do teu olhar não seja seguido pela aceitação,
Que não seja seguido pelo amor."

"Tenho medo que me menosprezes, que rias,
E o teu riso irá destruir-me.
Tenho medo que bem no fundo eu não seja nada, que realmente não seja boa pessoa
E tenho medo que tu vejas isto e me rejeites.
Por isso, jogo o meu jogo, o meu desesperado jogo do “faz de conta”,
Com uma fachada de segurança por fora
e uma criança a tremer por dentro."

"Começa então o sumptuoso mas vazio desfile de mascaras,
E a minha vida torna-se numa farsa.
Mantenho contigo um dialogo inútil num tom de conversa superficial.
Eu digo-te tudo, que na realidade nada é,
e nada acerca daquilo que tem significado,
aquilo que está a chorar dentro de mim.
Por isso, quando eu estiver a ir pelo mesmo “caminho”,
Não te deixes enganar por aquilo que estou a dizer,
Por favor, tenta ouvir aquilo que eu não digo,
Aquilo, que eu gostaria de ser capaz de dizer,
Aquilo que por necessidade, gostava de poder falar,
Mas que não sou capaz de dizer."

"Eu não gosto de me esconder,
Eu não gosto de fazer jogos falsos e superficiais.
Eu quero parar de jogar esses jogos.
Eu quero ser genuíno, expontâneo e ser eu mesmo,
Mas tu tens que me ajudar.
Tens que ficar de mão estendida à minha espera,
Mesmo que isso pareça a ultima coisa que eu queira."

"Só tu podes tirar da minha visão a fixação vazia do estado “vegetal”.
Só tu me podes “acordar” para a viver a vida.
Cada vez que tu és carinhoso, gentil e encorajador,
Cada vez que tentas compreender, porque realmente te importas,
No meu coração começam a crescer “asas”,
Umas “asas” muito pequenas,
Umas “asas” muito trémulas,
Mas são “asas” !"

"Com o teu poder de tocares os meus sentimentos,
Podes dar um “sopro” de vida,
Eu quero que tu saibas isso.
Eu quero que saibas o quanto és importante para mim,
E como podes ser um Criador – um Criador à imagem de Deus –
De uma pessoa que sou eu,
Se quiseres.
Tu sozinho podes derrubar a barreira atrás da qual eu tremo,
Tu sozinho podes tirar as mascaras,
Tu sozinho podes libertar-me do meu mundo sombrio de pânico e incerteza,
Da minha “prisão” solitária,
Se assim o decidires.
Por favor, decide que sim. Não me deixes passar “ao lado.”
Não vai ser fácil para ti.
Uma forte convicção de que não tenho valor construiu fortes muralhas.
Quanto mais perto tu te chegares a mim,
Mais cegamente poderei ripostar.
É irracional, apesar do que os livros dizem sobre o ser humano,
Muitas vezes eu sou irracional.
Eu luto para manter, aquelas mesmas coisas que choro por largar.
Mas dizem-me que o amor é mais forte do que ”fortes muralhas”,
E aí reside a minha esperança."

"Por favor, tenta vencer essas barreiras,
Com mãos firmes,
Mas com mãos gentis,
Porque a criança que sou, é muito sensível.
Quem sou eu, tentas tu imaginar,
Sou alguém que conheces muito bem,
Porque sou todos os homens que já encontraste,
E todas as mulheres que já conheceste."

( Charles C. Finn - no livro Curar a Criança Interior de Charles Whitfield )

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DISTÂNCIA


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:

"Porque é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"

"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.

"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" Questionou novamente o pensador.

"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar:

"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?" Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu:

"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?"

O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito.

Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvirem um
ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão
muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."

Por fim, o pensador conclui, disse:

"Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais
encontrarão o caminho de volta".

Mahatma Gandhi

(Recebido por e.mail pela minha querida baby)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

RESPEITO



Quando vemos um desconhecido pela primeira vez, grande parte do que vemos é um reflexo dos nossos próprios temores e esperanças.


Olhando para o outro com atenção, uma e outra vez, depressa descubro que ele escapa à minha classificação, não se adapta ás minhas categorias, transcende a minha compreensão.


O outro é diferente do que eu esperava e imaginava, receava ou esperava.


O outro não é um objecto palpável que eu possa definir, possuir ou controlar.


De cada vez que penso tê-lo classificado, ele muda e torna-se diferente da imagem que eu tinha construído.


O outro é um centro autónomo de liberdade, poder e desejo, sobre o qual eu não tenho controlo.


Isso significa que só hà uma maneira de me relacionar com ele - de pessoa para pessoa.


De pessoa livre para pessoa livre.


Reconhecendo a liberdade do outro, não posso invadi-lo contra a sua vontade, servir-me dele para os meus próprios fins, ou pôr o cerco ao seu santuário pessoal se ele não me convidou ( quem ama respeita os sinais de «Entrada Proibida».


O respeito põe fim à esperança romântica de « dois corações batendo como um só », fazendo-nos compreender que no amor estamos ligados a um desconhecido: íntimo, mas desconhecido.


Não há conhecimento ou intimidade que dissipem o mistério essencial do outro.


Por muito estreitos que sejam os laços, por mais total que seja a compreensão e a comunicação, há uma centelha inextinguível de diferença e separação no mais perfeito amor.


Quanto mais profundamente nos respeitamos, mais reconhecemos que aqueles que mais amamos serão sempre livres, cheios de surpresas, eternamente misteriosos...
( Amar e Ser Amado- Sam Keen )

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

INVERNO PROFUNDO



Quando estamos em pleno inverno, as noites são longas e os dias curtos.


A Terra arrefece e a vida retira-se.


É a altura ideal de despertar para o lugar que ocupa neste ciclo e para o seu uso consciente.


O que há de mais escuro na sua vida?


Que perda ou desapontamento, medo ou terror se move através de si?


Que impotência o assola?


Estas coisas surgem para o seu bem.


São trazidas à sua consciência para que as possa alterar.


Elas são as avenidas que deverá percorrer para alcançar a claridade e o amor por que espera.


Não pode tornar-se temerário a seu bel-prazer, mas pode determinar de que maneira irá reagir ao seu próprio medo.


Não pode tornar-se brando apenas por intenção, mas pode determinar como irá reagir à sua própria brutalidade, à sua exigência de justificar e aos seus medos.


É este o poder do inverno profundo.


Ele desafia-o, confronta-o e mostra-lhe o que deve alterar em si mesmo.


É uma estação sagrada e preciosa, pois ilumina a sua vida sagrada e preciosa.


É o seu potencial a acenar-lhe, disfarçado de adversário, de tragédia ou de desastre.


Será o seu adversário, uma tragédia ou um desastre a dar forma à sua experiência, ou será você a talhá-la?


Irão os seus medos dominá-lo ou mostra -lhe-ão antes novas maneiras de reagir perante os mesmos?


Que nova vida se agita dentro de si neste Inverno Profundo?...




( Gary Zukav- Amar, Sonhar,Viver )