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quarta-feira, 31 de maio de 2006

PALAVRA E AMOR



A palavra elucida,
o amor reconforta.

A palavra transmite a verdade,
o amor é a própria verdade
libertando consciências.

A palavra oferece ao mundo o
patrimônio da cultura,
o amor dispensa à vida os valores eternos
da virtude.

Diante da eternidade e do infinito,
a palavra comunica e passa, mas
o amor transforma e fica.

O verbo que se fez carne é
o amor que desceu para se revelar
também na forma da palavra.

No plano humano da vida
o amor sem palavra se perde no subjectivismo,
enquanto a palavra com amor é jacto de luz
mostrando o infinito.

(ROMANELLI)

terça-feira, 23 de maio de 2006

ESTRELAS


O guerreiro da luz contém em si a centelha de Deus.
O seu destino é estar junto aos outros guerreiros, mas - às vezes -
precisará de praticar, sózinho, a arte da espada : por isso, quando se encontra separado dos companheiros, comporta-se como uma estrela.

Ilumina a parte do Universo que lhe foi destinada e tenta mostrar galáxias e mundos
a todos os que olham para o céu.


A persistência do guerreiro será em breve recompensada.
Aos poucos, outros guerreiros se aproximam, e os companheiros
reúnem-se em constelações, com os seus símbolos e os seus mistérios...

( Manual do guerreiro da luz- Paulo Coelho )

terça-feira, 16 de maio de 2006

CANÇÃO DA CHUVA


Eu sou dotada de fios prateados deixados cair do céu pelos Deuses.
Então a natureza toma-me, para adornar os seus campos e vales.

Eu sou lindas pérolas, arrancadas da Coroa de Ishtar
pela filha da Madrugada para embelezar os jardins.

Quando eu choro os montes riem-se;
Quando me rebaixo, as flores rejubilam;
Quando me curvo, todas as coisas se exaltam.

O campo e a nuvem são amantes
E entre eles eu sou a mensageira da piedade.
Eu sacio a sede de um;
Eu curo o padecimento de outro.
A voz do trovão declara a minha chegada;

O arco-íris anuncia a minha partida.
Eu sou como a vida terrena, que começa
Aos pés dos elementos loucos e termina
Sob as asas erguidas da morte.

Eu emerjo do coração do mar e
Pairo com a brisa.Quando vejo um campo com
Necessidade, eu desço e abraço as flores e
As árvores num milhão de pequenas maneiras.

Eu toco suavemente nas janelas com os meus
Dedos macios, e a minha proclamação é uma
Canção bem-vinda.Todos podem ouvir, mas apenas
Os sensíveis podem compreender.

O calor no ar dá-me à luz.
Mas por minha vez eu mato-o,
Como uma mulher vence um homem com
A força que lhe tira.

Eu sou o suspiro do mar;
O riso do campo;
As lágrimas do céu.

Também com o amor
Suspiros do mar profundo da afeição;
Riso do campo colorido do espírito;
Lágrimas do céu interminável das lembranças.

( Kahlil Gibran-Lágrimas e Risos )