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terça-feira, 7 de fevereiro de 2006



Não me possuas, não me dividas.
Ensina-me a ser quem sou.
Deixa-me uma palavra livre,
o meu único bem, palavras minhas.
Respeita em mim, os meus pensamentos rodopiantes.
As minhas apalpadelas, e os meus deslumbres.
Não protejas os meus medos...
Deixa-me pôr questões sem me responderes,
sem me julgares ou me desmentires.
Não faças mais discursos sobre mim,
deixa-me circular loucamente no meu passado
ou inventar o irreal.
Deixa-me atrever-me a realizar o impossivél.
Sim. A minha palavra sou eu...
Ainda que me possa trair por vezes.
Na trapalhada de palavras, oferece-me
a descoberta e a forma de dizer tudo o que
ainda não sei.

(traduzido de um livro de Jacques Salomé)

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