A mente do homem pode alcançar altos níveis de discernimento espiritual, e esferas correspondentes de divindade de valores, porque ela não é totalmente material. Há um núcleo espiritual na mente do homem- O Ajustador , de presença divina. Há três evidências distintas de que esse espírito reside na mente humana:
1- A comunhão humanitária- o amor. A mente puramente animal pode ser gregária por autoprotecção, mas apenas o intelecto residido pelo espírito é altruista de um modo não egoísta e ama incondicionalmente.
2- A interpretação do universo- a sabedoria. Apenas a mente residida pelo espírito pode compreender que o universo é amigável com o indivíduo.
3- A avaliação espiritual da vida- a adoração. Apenas o homem residido pelo espírito pode compreender-realizar a presença divina e buscar atingir uma experiência mais plena a partir desse gosto antecipado de divindade.
A mente humana não cria valores reais; a experiência humana não gera o discernimento universal. Quanto a esse discernimento, o reconhecimento dos valores morais e o discernimento dos significados espirituais, tudo o que a mente pode fazer é descobrir, reconhecer, interpretar e escolher.
Os valores morais do universo tornam-se uma posse intelectual, pelo exercício dos três julgamentos básicos, ou escolhas, da mente mortal:
1. O autojulgamento- a escolha moral.
2. O julgamento social- a escolha ética.
3. O julgamento de Deus- a escolha religiosa.
Assim parece que todo o progresso é efectuado por uma técnica conjunta de evolução revelacional.
Se um amante divino não vivesse no homem, ele não poderia amar generosa e espiritualmente. Se um intérprete não vivesse na mente do homem, ele não poderia verdadeiramente compenetrar-se da unidade do universo. Se um bom avaliador não residisse na mente do homem, ele possivelmente não poderia apreciar os valores morais e reconhecer os significados espirituais. E esse amante provém da fonte mesma do amor infinito; aquele intérprete é uma parte da Unidade Universal; e o avaliador é filho do centro e fonte de todos os valores absolutos da realidade divina eterna.
( Retirado do livro de Urântia )